COMO A AROMATERAPIA FUNCIONA

COMO A AROMATERAPIA FUNCIONA

13/06/2016 Aromaterapia Qualidade de Vida 0
Aromaterapia

Óleos essenciais

COMO A AROMATERAPIA FUNCIONA
Por Sara Matos | Psicóloga e Aromaterapeuta

Em outro artigo, expliquei o que é aromaterapia e sua origem, bem como o que são óleos essenciais, suas classificações e sua extração. Agora, vou contar como a aromaterapia funciona.
Um processo terapêutico de aromaterapia pode acontecer de duas formas: através do sentido do olfato, quando inalamos o óleo essencial, e através da pele, pela absorção do óleo essencial diluído em algum carreador.
VIA 1: OLFATO
Dos cinco sentidos, o olfato é o que já temos pronto quando nascemos, sendo que o restante se desenvolve completamente durante as primeiras semanas de vida. É por causa do olfato que diferenciamos os sabores quando ingerimos alimentos e isso nos dá o prazer de comer. Metade do sabor é cheiro. Quer a prova? Tenho certeza que você já ficou resfriado ao menos uma vez na vida e, por não sentir o cheiro dos alimentos, achou que eles também não tinham muito sabor. Viu só?! (leia mais aqui: http://super.abril.com.br/comportamento/olfato-o-sentido-da-vida)
O olfato também está associado a emoções e lembranças. Isso porque há uma ligação direta entre o bulbo olfativo e o sistema límbico, local no nosso cérebro responsável por armazenar nossas emoções e a memória relacionada a elas (leia mais aqui: http://ciencia.estadao.com.br/noticias/geral,olfato-e-o-sentido-mais-ligado-as-emocoes-e-a-memoria,218772). Há, por exemplo, uma relação estreita entre depressão e capacidade olfativa. E é nesse contexto que a aromaterapia trabalha.
Os óleos essenciais têm uma complexa cadeia molecular, podendo chegar a 300 tipos diferentes de moléculas num só óleo! Essas moléculas se conectam com receptores olfativos localizados no nosso nariz que, por sua vez, enviam ao cérebro a mensagem específica que cada conjunto de moléculas traz. Por isso, cada óleo essencial tem uma função diferente, pois todos tem cadeias diferentes que conduzem mensagens únicas que ativam emoções e memórias diferentes.
Não utilizamos aromas sintéticos em aromaterapia. Isso porque o aroma sintético é composto de uma ou outra molécula da planta (normalmente a que é responsável pelo aroma) que é reproduzida em laboratório e não tem a complexidade que um óleo essencial tem. Por ter uma estrutura muito mais simples, o aroma sintético não tem o poder de ação do óleo essencial.
Por tudo isso, a via mais importante utilizada pela aromaterapia é a do olfato. Ele traz respostas emocionais rápidas e efetivas. Para isso, o aromaterapeuta conta com alguns recursos, dentre eles: difusores pessoais, difusores ambientais, spray de ambiente e perfumes personalizados.
VIA 2: PELE
A pele é o maior órgão que temos no nosso corpo. Corresponde a cerca de 16% do peso corporal e suas funções são a de regular nossa temperatura, defesa e proteção e função sensorial (dor, calor, frio, pressão e tato). Sem ela, nossa vida não seria possível. Ela é altamente vascularizada e por meio dela nosso corpo respira, produz suor para regular a temperatura, elimina toxinas e absorve produtos aplicados na superfície cutânea e muitas outras ações.
É por causa dessa função de troca com o meio que a pele tem, levando substâncias direto para os vasos sanguíneos e destes para todo o corpo, que a aromaterapia funciona. O óleo essencial é facilmente absorvido pela pele quando usamos ele diluído em um carreador, depois ele é levado para a corrente sanguínea e, a partir daí, ele segue por todo o corpo até atingir o órgão que necessita de cura. Dessa forma, ele atua nas emoções, pois atinge o sistema límbico pelo sistema vascular, e também atua diretamente no órgão do corpo afetado pelas emoções ou doenças. Para isso, a aromaterapia se utiliza de alguns veículos para auxiliar a absorção dos óleos essenciais pela pele: óleos vegetais, manteigas, cremes e géis (desde que esses dois últimos não contenham óleo mineral, pois essa substância impede a absorção do óleo essencial pela pele). Óleo essencial sempre se dilui em bases oleosas, nunca em água.
Algumas escolas, principalmente a francesa, prescrevem óleos essenciais como remédio. Mas até nessas localidades, somente um médico ou um profissional habilitado pode liberar sua ingestão. Isso acontece porque o óleo essencial pode ser extremamente irritante em contato com a mucosa gastrointestinal, sendo seu efeito imprevisível. Isso porque o óleo essencial é altamente concentrado, contém muitas moléculas diferentes na sua estrutura e pode ter, na sua composição, elementos irritantes da mucosa interna do corpo. Portanto, sua ingestão não é estimulada. Além do mais, uma massagem com óleos essenciais diluídos em óleos vegetais é uma opção mais segura e tem efeitos semelhantes, já que o óleo cai na corrente sanguínea e é levado para o órgão afetado de qualquer forma.
Para saber mais sobre como a aromaterapia pode te ajudar, entre em contato conosco e marque uma consulta.

 

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