META PROGRAMAS

META PROGRAMAS

16/05/2016 Coaching Desenvolvimento Humano PNL Qualidade de Vida 4

 Meta Programas

META PROGRAMAS
Por Fulvius Guelfi | Meta Coach

Para uma explicação didática, dizemos que Meta Programas são um conjunto de maneiras ou formas que utilizamos para processar as informações com que lidamos no nosso dia a dia.

Para uma explicação mais lúdica, tome consciência do que  se passa na sua cabeça quando você começa a ler este artigo. Este pensamento é o mais eficiente para ajudar você a lembrar, entender e usar o conhecimento que você está absorvendo? Ou esta forma de pensar te sabota nesta atividade?

Você pode pensar em cada Meta Programa como um mecanismo que traz à consciência o seu estilo de pensar, sentir, responder, escolher e de atribuir significado.

Cada pessoa com quem você se relacionou hoje, que experimentou te influenciar ou a quem você experimentou influenciar, opera através de um quadro mental, que dirige a experiência de um patamar acima e além (inconscientemente), determinando as palavras, os pontos de vista, o que é valioso na relação, o estilo de pensar e de sentir bem como o padrão de escolhas e comportamentos.

“O que” comunicamos ou percebemos toma conta de nossa consciência, o “Como” fazemos “O que” fazemos é um processo que jaz numa esfera superior e além da esfera de consciência, é um processo mais profundo e interno do qual nem sempre conseguimos ter consciência.

Reconhecer os Meta Programas que estão na mente das pessoas, e que governam ou dirigem seu quadro mental nos possibilita saber como, mais eficientemente, podemos nos comunicar e relacionar com cada pessoa. Isto nos da poder de não ficar bravo ou chateado com o modo de pensar do outro, assim como nos da ferramentas para trabalhar com essa pessoa de forma mais eficiente.

Como definição dizemos que Meta Programas são programas que estão “sobre” a consciência dos pensamentos e sentimentos do dia a dia, eles funcionam como regras “dinâmicas” de organização e percepção que governam como nos sentimos e pensamos. Análogo a uma sistema operacional de computadores que possibilita o link entre o hardware da máquina e o software de uso final como Word ou Excel.

Neste artigo que serve como base de estudos da apresentação do dia 4/4/2016 do Chapter SP irei apresentar e trabalhar com os Meta Programas Cognitivos ou Mentais, e quando dizemos ¨trabalhar” significa que vamos explorar cada Meta Programa tomando consciência de como eles funcionam em nós mesmos, como podemos aprender a verificar os nossos próprios Meta Programas.

Os Meta Programas Cognitivos ou Mentais, fazem referência principalmente a como preferimos perceber o mundo mentalmente ou cognitivamente, trata da preferência que temos quando estamos entendendo os eventos que acontecem nos contextos a nossa volta.

1 – Tamanho do Pedaço

Este Meta Programa governa o que a sua mente vai experimentar entender, um cenário maior de forma global ou sua mente prefere prestar mais atenção nos detalhes específicos.

2 – Semelhanças ou Diferenças (Maching / Mismatching)

Governa a forma pela qual preferimos perceber, se vamos buscar por diferenças entre “o que” se apresenta e nossa experiência regressa, ou se preferimos encontrar as diferenças entre o estimulo e a referência que fazemos ao que conhecemos.

3 – Sistema Representacional

Governa a forma pela qual preferimos processar a informação com todos os canais sensoriais em equilíbrio, ou se fazemos um uso maior de um canal específico: visual, auditivo, cinestésico.

4 – Epistemológico

Governa a maneira que preferimos perceber em alguns contextos, no sentido de verificarmos o que esta acontecendo na cena, ou se preferimos verificar o que ocorre nas entrelinhas, ou por trás da cena que pudemos perceber, esse meta programa tem o seu domínio entre o sensorial (primeira impressão) e o intuitivo (segunda intensão).

5 – Encenar Informação

Qual a sua preferência quando você valoriza as coisas? Como você prefere experimentar as sensação de valor? Este meta programa governa a preferencia por “Contar” e a preferência por “Descontar”. Na sua percepção de preferência em um certo contexto você conta o valor até conhecer o valor total ou você prefere conhecer o valor total para descontar o que você acredita não ser interessante nesta situação.

6 – Tipo de Cenário

Este meta programa governa como perceber o tipo de cenário “Otimista” ou “Pessimista”, se preferimos perceber o melhor ou o pior cenário em um contexto determinado.

7 – Escala de Classificação

As percepções que preferimos ter e que são governadas por este meta programa ficam entre percebermos as coisas como “Isso” ou “Aquilo” (polarizado), ainda podemos preferir perceber, em um contexto, as coisas como um Continuum, por fim ainda existe a preferência pela percepção da “Multi-dimensionalidade” (informação como um sistema).

8 – Natureza da Informação

Este mete programa governa a percepção do que percebemos como “Estático” ou “Sistêmico”, se preferimos entender a natureza do que percebemos como uma natureza “Aristotélica” ou “Não Aristotélica”. Quando percebemos as informações elas podem parecer uma “foto” ou um “filme”, é assim que eu particularmente venho entendendo este meta programa.

9 – Foco

Este meta programa governa a amplitude de foco que preferimos ter em cada contexto, podemos ter um foco entre “Selecionado” e “Não Selecionado” (difuso). Podemos preferir no trabalho manter o foco mais selecionado e num contexto de férias na praia por exemplo manter uma preferência por um foco mais difuso ou não selecionado.

10 – Filosófico

O governo deste meta programa é no âmbito do pensar sobre o “Por que” ou sobre o “Como”. Dizemos também que do ponto de vista filosófico podemos preferir conhecer as origens responsáveis pelo evento em um contexto, assim como podemos preferir buscar as soluções possíveis para o mesmo evento no mesmo contexto e que isso é uma questão de preferencia.

11 – Durabilidade (Densidade)

Governa a preferencia por perceber a durabilidade ou densidade como “Permeáveis” e “Impermeáveis”, num exemplo de clarificação podemos dizer que, em um contexto, determinado evento, pode ser influenciado por algo externo ou não.

12 – Causação

Governa a percepção da causa do que é “Sem Causa” ou “Correlato”, “Linear” ou “Complexo”, “Pessoal” ou “Externo” por fim “Mágico ou Milagroso” ou “Físico e Real”.

13 – Realização

Podemos perceber que “Encerramos” ou “Não Encerramos” esse é o domínio do governo deste meta programa. Podemos agora entender como preferimos nos comportar em certos contextos quando diante de algum evento.

14 – Espécie de Informação

Este meta programa governa a preferência por percebermos a “Quantidade” das informações ou a sua “Qualidade”. O que, num evento contextualizado, preferimos perceber? Pode existir um contexto em que a qualidade é tão primordial quanto a quantidade? Como percebemos isso no dia a dia?

15 – Corrente de Consciência

Este meta programa tem o seu domínio de governo sobre como preferimos manter nossa linha ou corrente de consciência entre o “Difuso” e o “Concentrado” em cada evento contextualizado que percebemos

16 – Convencional

Ao nos convencermos, a nós mesmos, de algum evento em seu contexto temos a governança deste meta programa no sentido de preferirmos nos “Conformar” ou “Não Conformar”. Agora isso é só uma preferência do seu modelo de mundo e você pode escolher.

17 – Velocidade

A velocidade de um evento em seu contexto pode ser percebida de forma “Deliberada e Lenta” ou mesmo “Gracioso e Rápido”. Ao ensinar ou mesmo ao dar um feedback para seu superior qual a velocidade que você pode perceber? Quando você recebe um ensinamento ou mesmo um feedback de seu subordinado como é a sua velocidade?

Conclusão

Entender as pessoas é sobre perceber como elas funcionam, só assim podemos dizer que sabemos algo que não interpretamos segundo nosso modelo de mundo sobre essas mesmas pessoas. O empoderamento de poder compreender o modelo de mundo dos outros é o que possibilita relações eficientes nos diversos contextos.

 

4 comentários

  1. Realmente, ainda não havia encontrado material de tamanha qualidade.

    Parabéns pela escrita, ficou show!

  2. Excelente explanação. Voce recomenda alguma literatura sobre esse assunto também?

  3. Cida Maria disse:

    Ainda assim estou com dificuldades, pode me indicar um material mais avançado sobre esse conteúdo?

  4. Andreia disse:

    Tive acesso a dois livros que mudaram minha concepção acerca de como ensinar nossos filhos a pensar por conta própria e a cultivarem os sentimentos benevolentes. O principal que vejo é amá-las, pois uma criança amada e respeitada tende a agir da mesma forma como aprendeu. A criança vê e ela faz, pois os exemplos são a referencia. Se a família tem o habito de ser grata, de ser generosa, isso se naturaliza na vida da criança e não precisa ser ensinado pontualmente. São eles: Como ensinar as crianças a pensar por conta propria., da Dra Elisa Medhus e As sete leis espirituais pra os pais: como guiar seus filhos em direção ao sucesso e a realização, do Deepak Chopra, da editora Rocco. E para mim tem O caminho para a felicidade suprema do Chopra também! Boa leitura a todos e boas praticas!!!

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