TERAPIA OU COACHING: QUANDO PROCURAR UM OU OUTRO?
TERAPIA OU COACHING: QUANDO PROCURAR UM OU OUTRO?
Por Sara Matos | Psicóloga e Terapeuta
A psicologia é uma ciência antiga, com reconhecimento recente de sua existência. Filósofos, pensadores e até teólogos sempre estudaram o ser humano em suas várias facetas, desde morais, sociais, emocionais e até seus processos de escolha. O ser humano, seu comportamento e suas emoções, objetos principais de estudo da psicologia, sempre despertaram a curiosidade dos pensadores, em qualquer época. Somente no final do século XIX a psicologia passou a ser desvinculada da filosofia e ganhou vida própria.
O coaching é uma técnica recente que surgiu na década de 60 nos EUA. Apesar de sua recente aparição no mundo, ele veio atender uma demanda crescente de profissionais que pudessem orientar pessoas para consecução de objetivos de forma rápida e planejada.
Ambas as abordagens têm o ser humano como principal objeto de estudo e trabalho, porém com abordagens e objetivos distintos. Mas qual a real diferença e quando é preciso procurar por um ou por outro?
A terapia, no meu entendimento, tratará de ajudar um indivíduo a atingir uma qualidade de vida desejável, no que diz respeito aos aspectos emocionais, sociais e psicológicos. O psicólogo tem, por objetivo, conduzir um ser humano a atingir o máximo de bem-estar que ele pode através de avaliações, aplicação de técnicas de eficácia comprovada, acompanhamento, facilitação do autoconhecimento e suporte durante as sessões de terapia. A determinação de tempo de atendimento será feita através da evolução do quadro do indivíduo e do alcance do bem-estar buscado, gerando o término da necessidade das sessões. Como lidamos com emoções e busca de bem-estar, não há um limite de quantidade de sessões mínimas e máximas de atendimento, desde que haja um acordo mútuo entre psicólogo e cliente sobre continuar ou parar as sessões.
Já o processo de coaching tem interesse maior em levar um indivíduo a consecução de uma meta específica, mensurável e com limite de tempo. O foco do trabalho do coach é o futuro, buscando uma mudança de atitude de forma ativa através de ações e exercícios que devem ser cumpridos para que o processo evolua. A relação entre coach e coachee (aquele que contrata os serviços) é baseada em um foco claro e objetivo, ações positivas e acompanhamento sistemático de metas, além de ter quantidade de sessões definidas. Apesar de trabalhar com emoções que surgem durante o processo, o foco do coach não é a elaboração profunda delas, e sim ter uma noção das mesmas para encontrar meios para que o coachee atinja seus objetivos com ações específicas e constantes.
Resumindo de forma prática:
– Se você sente que algo que você está tentando fazer (abrir uma empresa, emagrecer, empreender, etc…) está estagnado, e suas atitudes HOJE podem determinar seu futuro, um coach, seja ele de vida ou profissional, é o profissional mais indicado para você procurar. O coach é preparado para lidar com situações específicas e claras, ajudando-o a estabelecer metas para que você atinja os objetivos traçados e não perca o foco;
– Mas, se você se sente sobrecarregado de emoções, sente que poderia buscar ajuda para potencializar seu autoconhecimento, se aceitar e atingir uma qualidade de vida emocional, social e psicológica desejada, permitindo que esse atingimento aconteça a medida que conceitos e emoções amadurecem no seu íntimo, então a terapia é o mais indicado para você. O psicólogo é preparado para facilitar o entendimento de emoções e situações por parte do cliente, levando-o a ter relações mais positivas, consigo mesmo e com os outros.
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3 comentários
[…] fantásticas nesse caminho. Para te ajudar a decidir qual dos dois escolher, escrevi um texto sobre as diferenças entre o trabalho desses profissionais e quando procurar um ou outro. Inclusive indico alguns coaches cujo trabalho conheço e confio. Em São Paulo, o Inner Self tem […]
Bom site
Bom artigo.